Patricia Rocha

Patricia Rocha

Terça, 07 Maio 2019 12:59

Mães como Débora

Naquele dia, cantaram Débora e Baraque, filho de Abinoão, dizendo: Desde que os chefes se puseram à frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente, bendizei ao SENHOR. Ouvi, reis, dai ouvidos, príncipes: eu, eu mesma cantarei ao SENHOR; salmodiarei ao SENHOR, Deus de Israel. Saindo tu, ó SENHOR, de Seir, marchando desde o campo de Edom, a terra estremeceu; os céus gotejaram, sim, até as nuvens gotejaram águas. Os montes vacilaram diante do SENHOR, e até o Sinai, diante do SENHOR, Deus de Israel. Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael, cessaram as caravanas; e os viajantes tomavam desvios tortuosos. Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel. Escolheram-se deuses novos; então, a guerra estava às portas; não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel. Meu coração se inclina para os comandantes de Israel, que, voluntariamente, se ofereceram entre o povo; bendizei ao SENHOR. Vós, os que cavalgais jumentas brancas, que vos assentais em juízo e que andais pelo caminho, falai disto. À música dos distribuidores de água, lá entre os canais dos rebanhos, falai dos atos de justiça do SENHOR, das justiças a prol de suas aldeias em Israel. Então, o povo do SENHOR pôde descer ao seu lar. Desperta, Débora, desperta, desperta, acorda, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos os que te prenderam, tu, filho de Abinoão. (Juízes 5.1-12)

 

Eu, Débora, me levantei; levantou-se uma mãe em Israel

(Jz 5.7b)

 

Ainda não sou mãe no sentido literal da palavra – que gerou um filho biológico ou no coração por meio da adoção. Mas acredito que todas as mulheres em algum momento da vida, são ou foram mães sem ser propriamente. Quem nunca foi mãe de amiga, de irmãs, de irmãos? Eu sinto um pouco mãe das minhas irmãs e amigas. Não o tempo todo, mas há situações em que exercemos a maternidade para amparar pessoas. Isto é lindo também. A Bíblia nos conta sobre uma mulher que se levantou como mãe de uma nação que estava desagradando a Deus ao seguir outros deuses. Israel estava dia a dia se comportando como filho rebelde e sem controle. Débora, que era juíza (líder) de seu  povo e profetisa, tomou para si a responsabilidade de pôr ordem naquela confusão.

 

Era uma mulher com muitas habilidades, que mediava conflitos e também, estava à frente de batalhas. Além de tudo isso, louvava a Deus. Hoje lemos seu cântico, convocando o povo  a também cantar ao Deus da vitória. Como é maravilhoso quando uma pessoa usa o que tem de melhor para servir a Deus. Nós temos características especiais, habilidades únicas, dons e talentos que podem ser usados para fazer a vontade de Deus onde quer que estejamos. Para isso, é preciso estar atento às necessidades ao nosso redor e permitir que Deus nos use.

 

Seja como mãe natura ou no sentido simbólico, Deus nos levanta agora como “Déboras”. Não podemos fugir da missão privilegiada de ser alguém que faz história no tempo que se chama hoje. A todas as amigas que estão lendo esse texto – mães naturais, mães de coração, mães que perderam seus filhos, mães de famílias mães de amigas, mães de irmãs, mães de instituições, mães que lideram: parabéns. Deus escolheu você. Deus me escolheu. Gerando no útero ou não, Deus nos levanta com mães para sermos usadas com poder e graça.

 


Texto extraído de:

Presente Diário – Edição Especial – Leituras devocionais
Texto do dia 12 de Maio de 2012 – Mães como Débora
Publicação da Rádio Trans Mundial

Segunda, 18 Fevereiro 2019 17:42

O que é uma Escola Cristã?

por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

Com o surto de escolas cristãs pelo Brasil, devemos inquirir com mais precisão o que é que faz uma escola cristã diferente das demais. Comecemos com a pergunta, “O que é educação cristã?” Eu gostaria de sugerir que, como o nome já indica, educação cristã é aquela educação feita do ponto de vista do cristianismo. Com isto, não quero me referir à simples inclusão no currículo escolar de disciplinas que tratem da Bíblia ou de temas do Cristianismo. Nem ainda contratar professores evangélicos para dar disciplinas regulares de um currículo, nem providenciar para os alunos serviço de capelania, devocionais e cultinhos durante a semana. Assim, escolas cristãs não são simplesmente aquelas ligadas a uma igreja ou denominação, aplicando regras evangélicas de conduta. Todas estas coisas são boas e importantes, mas penso que a escola cristã deve ir além disto.

A escola cristã é aquela que oferece um processo de treinamento e desenvolvimento da pessoa e de seus dons naturais à luz da perspectiva cristã da vida, da realidade, do mundo e do homem. Isto significa o desenvolvimento de um currículo e um programa educacional onde as disciplinas e atividades reflitam explicitamente a mentalidade cristã. Em outras palavras, escola cristã é aquela que ensina ciências, história, comunicação, sociologia, etc. a partir dos pressupostos cristãos, e que adota teorias e filosofias do desenvolvimento humano e da educação que reflitam o ensino bíblico sobre o homem como imagem de Deus.

Isto nos leva a um ponto muito importante, que é crucial na conceituação de uma escola cristã, ou seja, o papel dos pressupostos na educação. Chamamos de pressupostos da educação o conjunto de crenças, premissas e pré-convicções que criam avenidas pelas quais o entendimento, o conhecimento e o aprendizado se processam. Os pressupostos formam o que podemos nos referir como a mentalidade por detrás do processo educacional. A mentalidade controla tudo o que se faz na escola, desde o ensino, a escolha de livros, de professores e a metodologia até a determinação do currículo. Por exemplo, a mentalidade secular e humanista, adotada pela academia secular, pressupõe que o universo é um sistema fechado de causa e efeito, governado por leis fixas e universais. Estas leis só podem ser estabelecidas pelo sistema empírico de observação, experimentação, e formulação de hipóteses. Pressupostos têm que ficar de fora, especialmente os pressupostos cristãos, que professam que o universo é regido por leis criadas por Deus, e que este Deus pode interferir nelas (milagres), guiar a história (providência) e mesmo comunicar-se com o homem (revelação). Oferece explicações sociológicas, psicológicas, históricas, econômicas para o surgimento do mundo, para a origem do homem, para o funcionamento do universo, para o entendimento do homem e suas relações sociais.

Uma escola cristã adota intencionalmente uma mentalidade moldada pelos pressupostos fundamentais do cristianismo, como por exemplo: ser orientada pelo sobrenatural (em oposição ao naturalismo); ver a vida da perspectiva da eternidade, do céu e do inferno; ver a história da perspectiva da providência de Deus; ver o mundo da perspectiva da Criação; ter consciência da presença do mal; reconhecer a corrupção íntima e inerente da raça humana, como raiz de toda sorte de males; afirmar a existência da verdade; aceitar a autoridade das Escrituras; preocupar-se com as pessoas.

Uma escola cristã, portanto, é aquela que trata todas as áreas do conhecimento (ciências humanas, naturais, exatas, sociais, comunicação, etc.) a partir de uma mentalidade cristã, formada pelo ensino bíblico. É a integração de educação e teologia no ensino, desde o primário até o superior. A característica distintiva da escola cristã deve ser a transmissão do conteúdo das disciplinas exigidas (como por exemplo, geografia, história, comunicação, matemática) a partir da mentalidade cristã, integrando a fé ao ensino.

 


 

Augustus Nicodemus Lopes é paraibano e pastor presbiteriano. É bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (Recife), mestre em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom (África do Sul) e doutor em Interpretação Bíblica pelo Westminster Theological Seminary (EUA), com estudos no Seminário Reformado de Kampen (Holanda). Foi professor e diretor do Seminário Presbiteriano do Norte (1985-1991), professor de exegese do Seminário JMC em São Paulo, professor de Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (1995-2001), pastor da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife (1989-1991) e pastor da Igreja Evangélica Suiça de São Paulo (1995-2001). Atualmente é chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. É autor de vários livros, entre eles O Que Você Precisa Saber Sobre Batalha Espiritual (CEP), O Culto Espíritual (CEP), A Bíblia e Sua Familia (CEP) e A Bíblia e Seus Intérpretes (CEP). É casado com Minka Schalkwijk e tem quatro filhos – Hendrika, Samuel, David e Anna.). Foi professor e diretor do Seminário Presbiteriano do Norte (1985-1991), professor de exegese do Seminário JMC em São Paulo, professor de Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (1995-2001), pastor da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife (1989-1991) e pastor da Igreja Evangélica Suiça de São Paulo (1995-2001). Atualmente é chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro. É autor de vários livros, entre eles O Que Você Precisa Saber Sobre Batalha Espiritual (CEP), O Culto Espíritual (CEP), A Bíblia e Sua Familia (CEP) e A Bíblia e Seus Intérpretes (CEP). É casado com Minka Schalkwijk e tem quatro filhos – Hendrika, Samuel, David e Anna.

 


Fonte: http://www.ipb.org.br Este artigo é parte integrante do portal http://www.monergismo.com. Exerça seu Cristianismo: se vai usar nosso material, cite o autor, o tradutor(quando for o caso), a editora (quando for o caso) e o nosso endereço. Contudo, ao invés de copiar o artigo, preferimos que seja feito apenas um link para o mesmo, exceto quando em circulações via e-mail.

Terça, 06 Fevereiro 2018 10:01

200 dias letivos, e agora?

Vivemos mais um começo de ano em nossa vida profissional! É tempo do reencontro com os colegas, das palestras e capacitações, de receber os materiais novos, de fazer o planejamento, etc...  É interessante como “o novo” nos dá ânimo, vigor e disposição!  No entanto, muitas vezes na rotina do dia a dia vamos perdendo esse gostinho de novidade e o brilho nas atividades cotidianas, e assim, nossos sonhos de janeiro para o ano letivo, antes tão coloridos, vão perdendo a cor.

Sugiro aqui alguns passos importantes para que o decorrer do ano não sufoque a nossa força, nossa alegria e nosso chamado para a educação escolar cristã.

1)       Consagre a Deus:

Entender que Deus nos chamou e tem um propósito para nós em sala de aula, é o ponto de partida. Comece o ano consagrando a vida a Deus, pedindo que suas palavras e ações sejam cobertas de sabedoria e amor. Cultive o hábito de orar pelos alunos e por suas famílias, pela escola, pelos colegas professores, pelo seu planejamento. Deus tem prazer em ouvir você. Convide-o para fazer parte de sua sala de aula! E lembre-se sempre que a sala de aula é o seu campo missionário! “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”. Filipenses 4. 6 e 7

2)       Planeje:

O tempo gasto com planejamento no começo do ano é tempo ganho na sala de aula. O ato de planejar revela que nós passamos um momento pensando no melhor para nossos alunos, que consideramos as necessidades deles e o nível da turma. O planejamento revela o compromisso e dedicação do professor com o ensino de qualidade. Ao planejar é importante estarmos cientes da Proposta Pedagógica, dos eventos e atividades escolares. É sábio e útil para todos terem um tempo proveitoso de aula. “...o que ensina, esmere-se no fazê-lo".Rm 12.7

3)       Seja constante com as regras disciplinares:

Todos nós precisamos de regras. Regras são para o nosso bem. Adultos precisam delas e crianças também. Muitas vezes não entendemos a regra, mas ainda assim ela precisa ser cumprida. Muitas vezes nos cansamos de repetir as normas e deixamos de exigi-las, isso é péssimo, pois mostra fragilidade e inconstância. As crianças nos testam até conseguirem o que querem, e em todas as circunstâncias a disciplina consistente é fundamental. Vamos amar nossos alunos ajudando-os a serem obedientes! “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal.” Eclesiastes 8.11

4)       Trabalhe com o coletivo:

Gosto de lembrar da história de Neemias e a divisão das tarefas na reconstrução do muro. Cada um executava uma função e do desempenho dela dependia o sucesso do objetivo coletivo.  Na escola é assim também, dependemos uns dos outros. Somos diferentes, atuamos em áreas distintas, mas trabalhamos com o mesmo objetivo, então, precisamos encontrar pontos de concordância na nossa prática e convivência. A conversa franca é o melhor caminho com alunos, pais e colegas professores, sempre permeada de amor cristão. “Acima de tudo, cultivai, com ardor, o amor mútuo, porque o amor cobre uma multidão de pecados”. (I Pedro, 4:8.)

5)        Renove-se:

É fundamental que incorporemos algo novo em nossa prática. Um desafio para nós e para nossos alunos. Algo que nos faça sentir como um novato! Vamos rasgar os planejamentos e projetos antigos, fazer uma lista de eventos pedagógicos que gostaríamos de participar, apresentar a direção, fazer propostas, correr atrás. O professor Howard Hendricks ao ser questionado porque ele vivia estudando, respondeu: “Rapaz, quero que meus alunos bebam as águas correntes de um rio, não a água estagnada de uma lagoa”. Ofereça aos seus alunos o melhor e usufrua você também do prazer de aprender.       (citação do livro Ensinando para transformar vidas, p.16. Ed. Betânia)  

Querido colega professor, lembre-se sempre de que Fiel é Aquele que nos chamou! Temos um período de 200 dias em 2018 para mostrar ao nosso grupo de convivência (colegas, alunos, pais, etc...) a obra do Senhor em nossa vida que a cada dia transforma nosso coração e nossas atitudes. Olhemos para o alto, de lá (do Senhor) vem o renovo para todo o ano. Que a alegria do Senhor seja a nossa força.

Um abraço, Dilean Martins 

Eu, Ana Beatriz, vim de uma família tradicionalmente ligada à área de comunicações no Brasil (rádio, TV, jornais, revistas, livros). Estudei na Parson’s School of Designer in NY.  Meu marido, Reinaldo, vem de uma família envolvida com o segmento das artes plásticas e atua como leiloeiro oficial. Por conta de nosso histórico, a educação acadêmica sempre foi um foco importante na criação dos nossos 3 filhos. Ana Thereza, nossa primogênita, foi alfabetizada na escola britânica e formou-se em Relações Públicas pela FAAP recebendo o prêmio de primeiro lugar no TCC na Associação Brasileira de Relações Públicas. Os outros 2 filhos, Maria Clara e Miguel seguiam seus estudos em uma conceituada escola construtivista.

Em 2012 por um percalço financeiro, foi necessário matricular nossos filhos em uma escola pública. No entanto, na véspera do início das aulas uma vizinha, nos indicou o CRE. Logo na primeira visita à escola, algo sobrenatural nos aconteceu. Sentimos uma paz que excedia toda e qualquer explicação, e sabíamos que aquele era o nosso lugar. O que não sabíamos é que toda a nossa família seria alcançada.

Para conhecer melhor o método da escola começamos a participar de palestras e workshops sobre Educação por Princípios, e aos poucos nossos horizontes foram se abrindo. Fomos alcançados pelo indescritível trabalho do Conselho de Pais e sua liderança que nos aproximou e encurtou as distâncias. Também nos envolvemos com o grupo de oração dos Pais que Oram, e semanalmente podemos testemunhar preciosos testemunhos. Somos gratos a toda equipe de professores que intercedem pelas famílias e temos certeza que muitas vitórias vividas em nossa história são respostas destas orações.

Voltamos para os bancos da escola, e num processo gradativo temos crescido, e evoluído como novas criaturas e nos tornando a cada dia mais ensináveis. Temos sido tratados e curados como família em nossa individualidade, aprendendo valores absolutos.

Através do trabalho da escola, também conhecemos a igreja  na qual fomos batizados e temos caminhado e crescido em Cristo. Hoje entendo que a nossa visão de educação era distorcida, equivocada e enganada. Nossos filhos ao entrarem no CRE, receberam mais do que estudo de qualidade, receberam uma proposta educacional que é o resgate do plano original do Criador na vida das famílias.

Somos gratos à equipe do CRE e a Igreja Cristã da Família pela intercessão, apoio e amor dedicados a mim e a toda minha família.

 

 

O casal Reinaldo, Ana Beatriz e os filhos:
Ana Thereza 24, Maria Clara 16 e Miguel 11
Compõe a Familia Arruda Marques.